A grande dúvida que os pais apresentam é de como impor limites e educar seus filhos da maneira menos prejudicial possível. Muitas vezes sentem-se culpados quando estabelecem limites ou regras e apresentam necessidade de proteger a criança.
Com isso onde anda a auto-estima e segurança dos pais? Quem sabe seja preciso assumir seus limites e mostrar às crianças que os problemas fazem parte da vida de todos.
Impor limites é um processo lento e trabalhoso. Quem pode ajudar a criança nesse sentido é o adulto, os educadores, e sobretudo, os pais. Para tanto, é fundamental que os adultos também possam aceitar os limites e as frustrações da vida, considerando os aspectos da realidade, ou seja, o adulto possa compreender que frustrar o filho (dar limites) não é ser "mau", e sim, dar-lhe proteção e cuidado. Se isto não está sendo possível, as "regras" de como educar e castigar acabam falhando.
O sofrimento faz parte da vida e, tentar poupar os filhos dessas experiências, é prejudicá-los no enfrentamento da vida.
Pais demasiado permissivos, tenderão se desculpar e não castigar quando é preciso, ao passo que, pais autoritários, optarão por dar mais castigos, gritar, humilhar ou dar umas palmadas na criança, às vezes de forma exagerada.
Uma coisa é certa, se por um lado, sabemos que, em determinadas circunstâncias, a palmada até pode dar jeito ao indicar à criança que deve fazer rapidamente “Stop”, quando usada frequentemente, para mostrar quem manda, não traz nenhum benefício.
Com efeito, é muito importante que os pais, à medida que a criança vai crescendo, possam utilizar cada vez menos a palmada, recorrendo a outras estratégias, como orientações educativas para que reconheça o seu mau comportamento, as suas consequências e a forma de as reparar.
Se os pais mantiverem um diálogo positivo e forem firmes nas suas posições, a criança irá, naturalmente, sentir-se amada e auto-confiante, caminhando para uma maior maturidade pessoal o que é, no fundo, o que os pais mais desejam.
Não é?